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Museu Nacional de Belas Artes - MNBA

Rio de Janeiro, RJ
Av. Rio Branco, 199 - Centro (Cinelândia) - Cep: 20.040-008
Telefone: 21-22198474 - Fax: (21) 2262-6067
mnba@museus.gov.br
Horário: Terça a sexta-feira das 10 às 18hs; Sábados, domingos e feriados das 12 às 17 horas.
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fonte: Museu Nacional de Belas Artes
"[...] seu acervo é constituído por mais de 70 mil itens representativos de vários períodos da história da arte [...]"


O Museu Nacional de Belas Artes – MNBA, criado durante o governo do presidente Getúlio Vargas, é uma das instituições museológicas mais importantes do país dedicada à conservação, divulgação e aquisição de obras representativas da produção artística brasileira - séculos XIX e XX - em seu diálogo com as obras e a tradição artística das escolas estrangeiras.

O acervo do MNBA originou-se das coleções que pertenciam a Escola Nacional de Belas Artes – Enba que ocupava o prédio junto com o museu até 1975.

Hoje, seu acervo é constituído por mais de 70 mil itens representativos de vários períodos da história da arte e da contemporaneidade.

Preservação, divulgação e pesquisa das Artes Plásticas


O museu conta com mais de 6.733,84 m² de áreas de exposição e 1.797,32 m² de reservas técnicas.

O Departamento de Conservação e Restauração compreende os Laboratórios de Conservação e Restauração de Pintura e Papel, as Reservas Técnicas e a Laboratório de Escultura e Moldura.

O MNBA promove diversas atividades voltadas à educacional em Arte e Patrimônio Cultural como visitas guiadas às galerias de Arte Brasileira do Século XIX e de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea; atividades de interação e criatividade a partir de obras selecionadas do acervo e cursos de História da Arte.

Saiba mais

Espaço Físico: prédio, território e entorno

O prédio ocupado hoje pelo MNBA foi construído, entre os anos de 1906 e 1908,  para sediar a antiga Escola Nacional de Belas Artes – Enba e sua pinacoteca na Avenida Central, símbolo maior da reforma urbana realizada pelo prefeito Pereira Passos no início do século XX.

Com projeto de Adolfo Morales de los Rios, o prédio eclético ocupa toda uma quadra por meio de quatro alas distribuídas em torno de um pátio central. A fachada principal segue o modelo de uma das alas do Museu do Louvre, projeto de Hector-Martin Lefuel (1810 - 1880), arquiteto historicista a serviço de Napoleão III. Apresenta frontões, colunatas e relevos em terracota representando as grandes civilizações da antiguidade, além de medalhões pintados por Henrique Bernardelli com retratos dos integrantes da “Missão Francesa” e outros artistas brasileiros.

Já as fachadas laterais trazem mosaicos, de autoria do francês Félix Gaubin, com retratos de personalidades célebres no mundo das Artes: Vitrúvio (século I a.C.), arquiteto e engenheiro romano, autor da obra "De Architectura", Leonardo Da Vinci (1452-1519) e Giorgio Vasari (1511 - 1574), pintor e arquiteto, famoso por suas biografias de artistas italianos, dentre outros.

A fachada posterior apresenta baixos-relevos ornamentais em terracota, autoria de Edward Cadwell Spruce (1849-1923). Na decoração interna foram usados materiais nobres como mármores, mosaicos, estuques, cristais, cerâmicos franceses e estatuários.

O prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico Nacional-IPHAN em 24 de maio de 1973.

Instituição: trajetória e natureza jurídica
 

O Museu Nacional de Belas Artes é uma instituição pública Federal, vinculada ao Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM/minC. O MNBA. Foi criado por iniciativa de Gustavo Capanema,  ministro da Educação do governo Vargas, em 13 de janeiro de 1937, sendo inaugurado em 19 de agosto de 1938.

Em razão da formação inicial de seu acervo, o MNBA tem profunda ligação com a história dos cursos de Artes criado no Brasil, desde a época da fundação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, por D. João VI, em 12 de agosto de 1816, funcionando em um prédio próprio construído por Grandjean de Montigny, um dos integrantes da chamada “Missão Francesa” e professor da escola. 

Em 1826, a instituição passou a ser chamada de Academia Imperial de Belas Artes, formando uma significativa pinacoteca e uma gliptoteca.

Com o advento da República, em 15 de novembro de 1889, a academia foi rebatizada como Escola Nacional de Belas Artes - Enba, permanecendo no mesmo edifício até a construção de sua nova sede na antiga Avenida Central, atual Avenida Rio Branco.

Com a inauguração do museu, em 1908, procedeu-se à transferência das coleções e de algumas instalações para a nova sede. O acervo da pinacoteca foi instalado no terceiro pavimento, a coleção de cópias de estatuária clássica usada para estudo encontrou espaços no segundo piso, com uma museografia especialmente concebida para dar-lhes destaque, e os ateliers das aulas práticas e a administração da escola ficaram no quarto andar. 

Em 1931 a Escola Nacional de Belas Artes - Enba foi incorporada à Universidade do Rio de Janeiro e, posteriormente à Universidade do Brasil, encerrando sua história como instituição independente.

Entre as décadas de 1950 e 1970 alguns cursos foram sendo transferidos para outros locais. Em 1965, a escola mudava novamente de nome, o qual traz até hoje: Escola de Belas Artes - EBA, integrando os quadros da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.

Em 1975, as aulas que ainda funcionavam no prédio do museu foram transferidas para uma sede na Ilha do Fundão, projetada por Jorge Moreira em arquitetura moderna, lá permanecendo até hoje. 

Na transferência, o acervo que antes era comum a ambas as instituições - museu e escola - foi dividido. A maior parte da coleção artística permaneceu no Museu Nacional de Belas Artes, mas outra parte, principalmente de documentos e de obras de arte didáticas ou produzidas em atividades pedagógicas, e a Coleção Jeronymo Ferreira das Neves, doada à Escola de Belas Artes em 1947, seguiram com ela, passando a constituir o Museu Dom João VI. Com a saída definitiva da escola do prédio do museu os espaços abertos foram ocupados pela FUNARTE, lá permanecendo até 1990.

Acervo museológico:

O acervo do Museu Nacional de Belas Artes divide-se entre obras de Pintura, Escultura, Desenho e Gravura brasileira e estrangeira, Arte Decorativa, Mobiliário, Gliptíca, Medalhística, Arte Popular e Arte Africana.

O núcleo inicial remonta à pinacoteca da Academia Imperial e da Escola Nacional de Belas Artes e formado por obras dos integrantes da Missão Francesa (Nicolas-Antoine Taunay, Félix Taunay, Jean Baptiste Debret), de artista que participaram do círculo da Academia Imperial (Nicola Facchinetti, François-René Moreaux, Abraham-Louis Buvelot, Giovanni Battista Castagneto, Johann Georg Grimm, José Maria de Medeiros, Augusto Rodrigues Duarte, Henri-Nicolas Vinet) e de artistas brasileiros, professores ou alunos da Academia Imperial, como Victor Meirelles, Agostinho José da Mota, Pedro Américo, Almeida Júnior, Henrique Bernardelli, Rodolfo Amoedo, Pedro Weingärtner, Zeferino da Costa, Belmiro de Almeida, Antônio Parreiras, Décio Villares, Galdino Guttman Bicho, Arthur Timótheo da Costa e Eliseu Visconti. 

Dentre os modernos destacam-se Candido Portinari, Carlos Oswald, Djanira, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, Antônio Bandeira, Guignard, Cícero Dias, Lasar Segall, José Pancetti, e Jorge Guinle Filho. 

A seção de pintura estrangeira teve seu início com o acervo deixado por Dom João VI quando retornou a Portugal e com a coleção de cerca de 50 telas adquiridas por Joachim Lebreton na França e trazidas em sua transferência para o Brasil em 1816. Assim como por meio de doações que compõem a seção de arte europeia do século XIII ao XIX, com um importante núcleo de obras barrocas italianas de autores como Baciccia, Il Grechetto, Giovanni Lanfranco, Jacopo da Ponte, Francesco Cozza, Tiepolo, Francesco Guardi, Francesco Albani, vinte obras de Eugène Boudin, e oito telas de Frans Post.

A coleção de escultura também teve origem no legado da Academia Imperial e da Escola Nacional que incluía coleção de moldagens em gesso de esculturas originais greco-romanas e renascentistas feita através de encomendas sucessivas, desde 1837, com fins didáticos próprios ao ensino acadêmico, assim como aquelas produzidas por professores e alunos. 

Ao longo do século XX outras doações e aquisições ampliaram este acervo com obras de Bernardelli, Francisco Manuel Chaves Pinheiro, Cândido Caetano de Almeida Reis, Celso Antônio de Menezes, Victor Brecheret, Amílcar de Castro e Waltércio Caldas. Dentre os estrangeiros, ligados ou não ao Brasil, figuram Zéphyrin Ferrez, Auguste Rodin, François Rude e Franz Weissmann.

 O acervo de Arte sobre papel é composto por mais de 2.500 de peças, somente na seção de gravuristas brasileiros, e quase 4 mil desenhos, obras de Rodolfo Amoedo, Manoel de Araújo Porto-alegre, Victor Meirelles, Flávio de Carvalho, Oswaldo Goeldi, Carlos Oswald, Carlos Scliar, Maria Bonomi, Fayga Ostrower, Dionísio del Santo, Rubens Gerchman, bem como dos estrangeiros Annibale Carracci, Pompeo Batoni, Honoré Daumier, Jacques Callot, Francesco Bartolozzi, Turner, Picasso, Kandinsky e Miró.

Há, ainda, o conjunto de 106 peças de escultura africana, as obras de arte popular, ingênua ou primitiva, a imaginária sacra, o mobiliário, as artes decorativas, a numismática e a glíptica.

Acervo bibliográfico:

O acervo é especializado em artes plásticas dos séculos XIX e XX, reunindo obras raras e coleções de periódicos, monografias e catálogos de exposições, além de documentos e fotografias que registram a história da instituição desde a Academia Imperial de Belas Artes, incluindo acervos pessoais de alguns artistas.

Museu Nacional de Belas Artes - MNBA
Site do museu

MUSEU D. JOÃO VI
Escola de Belas Artes

ARQUIVO NORONHA SANTOS
Livro de Tombo das Belas Artes

Descrição do prédio prédio do Museu Nacional de Belas Artes no Livro de Tombo das Belas Artes. Inscrição:505. Nº Processo:0860-T-72. Data:24-5-1973.  

O RIO QUE O RIO NÃO VÊ
Os Símbolos e seus Significados na Arquitetura Civil Carioca

EDWARD CALDWELL SPRUCE (1849-1923) | QUATRO BAIXOS-RELEVOS EM TERRACOTA | 1906-08. - Fachada cega do MNBA, localizada na Rua México.

LOUVRE-PASSION
Les cours Du Louvre

Museu Nacional de Belas Artes (Brasil). Universo acadêmico: desenho brasileiro do século XIX da coleção do Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro: Museu Nacional de Belas Artes, 1989.

PEREIRA, Sonia Gomes, org. 185 anos da Escola de Belas Artes. Rio de Janeiro:PPGAV/EBA/UFRJ, 2001/2002. 224 p.

PEREIRA, Sonia Gomes. A Escola Real de Ciência, Artes e Ofícios e a Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro. D. João e a Cidade do Rio de Janeiro: 1808-2008. Rio de Janeiro: Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, 2008. p.383-398.

SÁ, Ivan Coelho de. Academias de modelo vivo e bastidores da pintura acadêmica brasileira: a metodologia de ensino do desenho e da figura humana na matriz francesa e sua adaptação no Brasil do século XIX ao início do século XX. Rio de Janeiro: Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da EBA / UFRJ, 2004. Tese de Doutorado.

Imagens e vídeo

Fotos: Museus do Rio

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Instituições Parceiras
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Projeto realizado com o patrocínio do Governo do Rio de Janeiro e da Secretaria de Estado de Cultura – Edital Mídia Digital 2011
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O Rio Que O Rio Não Vê

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Última modificação em Segunda, 07 Junho 2021 11:27