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Museu Casa de Rui Barbosa

Rio de Janeiro, RJ
Rua São Clemente,Nº 134
Telefone: (21) 3289-4600
museu@rb.gov.br
Horário: 3ª a 6ª, das 10 às 18h / Última 3ª do mês: aberto até 20h / Sábados, domingos e feriados, das 14 às 18h / Entrada franca aos domingos / Estacionamento gratuito
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fonte: Museus do Rio
"[...] fomento à pesquisa inspirada na memória e no peso da produção intelectual de seu patrono."


A Fundação Casa de Rui Barbosa preserva e difunde a memória de uma das mais importantes personalidades de seu tempo, Ruy Barbosa de Oliveira, "O Águia de Haia".

Desde sua criação, em 1966, a fundação promove o fomento à pesquisa inspirada na memória e no peso da produção intelectual de seu patrono. 

Jurista, senador, Ministro da fazenda, coautor da Constituição da Primeira República, membro fundador da Academia Brasileira de Letras, Ruy Barbosa viveu na casa da Rua São clemente entre os anos 1895 a 1923.

Um ano após sua morte, em 1924, prédio, mobiliário, biblioteca, arquivo e propriedade intelectual da obra de Rui Barbosa foram adquiridos pelo governo brasileiro. Em 1928 foi criado o Museu Casa de Ruy Barbosa, aberto ao público dois anos depois, o primeiro do gênero no país.

Ao acervo bibliográfico de Ruy Barbosa, cerca de  35.000 volumes,  foram acrescidos os de João Mangabeira, de Luiz Vianna Filho, e de Plínio Doyle.

Jardim Histórico


O jardim da Casa de Rui Barbosa, em estilo romântico, é um monumento de interesse público do ponto de vista histórico e artístico.

Objeto de salvaguarda e de e preservação contínua, é conservado a semelhança da vegetação da época em que a casa era habitada pela família de Rui Barbosa. 

Com mais de 9.000m² é uma importante área verde para o bairro, recebendo seus moradores, diariamente, que para ali acorrem em busca de momentos de reflexão e lazer.

Mangueira, jabuticabeiras, parreiras, pitangueiras, fruta-pão, roseiras, magnólias, pérgulas, coreto, enfim, uma miragem parada no tempo e no espaço da cidade.

Saiba mais

Espaço Físico: prédio, território e entorno

O prédio que abriga o museu Casa de Rui Barbosa, residência de Rui Barbosa e sua família entre os anos de 1895 e 1923, foi uma das antigas chácaras de Botafogo, bairro residencial preferido pela aristocracia carioca entre os séculos XIX e XX.

O prédio principal que guarda resquícios do estilo colonial por seu porão alto e fachada com predominância horizontal, recebeu elementos neoclássicos e ecléticos devido às reformas feitas pelos seus proprietários. Foi erguido em meio a um vasto jardim que é dividido em três partes - o social, na frente da casa, os laterais a casa e o privado, nos fundos da casa.

A casa, construída pelo primeiro Barão da Lagoa, o rico comerciante português Bernardo Casimiro de Freitas, no ano de 1850, também foi residência do Comendador português Albino de Oliveira Guimarães (que a reformou e fez acréscimos, imprimiu ao jardim as características românticas, em voga no final do século XIX, mandou instalar as estátuas da águia e a do leão, no jardim social, e o recanto do quiosque, no jardim privado); do comerciante inglês do ramo de trapiches alfandegados John Roscoe Allen e, por último, de Rui Barbosa, que também fez melhorias em função dos progressos tecnológicos do período: substituiu o sistema de iluminação a gás pela luz elétrica (embora tenha mantido em alguns cômodos os bicos de gás), e instalou o sistema de telefonia. Para valorizar o jardim, reformou-o, plantando inúmeros tipos de árvores e revitalizando os lagos artificiais com peixes de diferentes espécies.

No fundo do quintal, onde atualmente se encontra o prédio moderno do anexo, havia o galinheiro, onde ficavam os gansos, e o canil, onde ficavam dois mastins, ao lado do aposento onde se assavam carnes e pães. No fundo do jardim havia uma estufa de vidro e metal, onde se cultivava uma grande variedade de avencas, palmeirinhas e orquídeas.

A construção é um exemplo típico das residências da alta burguesia e aristocracia da época, com espaços reservados à vida social, na parte frontal da casa, e à rotina doméstica, na parte externa. Era conhecida, na época em que ali residiu a família de Rui Barbosa, como Vila Maria Augusta em homenagem a sua mulher.

Instituição: trajetória e natureza jurídica
 

O museu Casa de Rui Barbosa é o núcleo original do que é hoje a Fundação Casa de Rui Barbosa, uma instituição vinculada ao Ministério da Cultura. 

Em 1924, através do decreto nº 4.789, foi autorizada pelo presidente Artur Bernardes a aquisição do prédio, mobiliário, biblioteca, arquivo e propriedade intelectual da obra de Rui Barbosa. 

A intenção de se criar um museu foi estabelecida e regulamentada pelo decreto nº 17.758, de 04 de abril de 1927, do presidente Washington Luis, que seria denominado "Museu Ruy Barbosa", com a finalidade abrigar o acervo de Rui Barbosa a fim de  "manter sempre bem vivo o culto à memoria dos grandes cidadãos que por seus serviços se impuseram a gratidão da Pátria".

Em janeiro de 1928, ainda no governo de Washington Luís, foi criado através do decreto nº 5.429 o "museu-bibliotheca" com o nome de "Casa de Ruy Barbosa", subordinado diretamente ao Ministério Ministerio da Justiça e Negócios Interiores, com o objetivo de "organizar o catalogo da bibliotheca e do museu, bem como classificar as obras publicadas ou inéditas de Ruy Barbosa; devendo iniciar, lógo que fôr possivel, a edição definitiva dessas obras."

Em 13 de agosto de 1930 o museu é aberto para o público como o primeiro museu casa do Brasil, Casa de Rui Barbosa, e passa a ser subordinado ao Ministério da Educação e Saúde Pública, atual Ministério da Cultura - MinC, pelo decreto nº 19.444. A casa foi tombada pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - SPHAN, atual IPHAN, com inscrição no Livro Histórico (inscrição nº 32) e no Livro de Belas Artes (inscrição nº 52), em 1938.

Durante a década de 1950 a Casa de Rui Barbosa começou a desenvolver trabalhos de pesquisa nas áreas do Direito e Filosofia e criando o Centro de Pesquisas, em 1952, além das atividades já então desenvolvidas pelo museu, pela biblioteca e pelo arquivo histórico. 

A Casa de Rui Barbosa foi transformada em Fundação Casa de Rui Barbosa no ano de 1966, pelo presidente Castelo Branco, por meio da Lei nº 4.943, reconhecendo-a como "instituição cultural destinada à pesquisa e à divulgação científica própria e autonomia administrativa, técnica e financeira", vinculada ao então Ministério da Educação e Cultura, atual Ministério da Cultura - MinC, com a finalidade de desenvolvimento da cultura, da pesquisa e do ensino, cumprindo-lhe, especialmente, a divulgação e o culto da obra e vida de Rui Barbosa. A Fundação, por conta do seu museu-casa, integra o Conselho Internacional de Museus - ICOM.

O Museu atende ao estabelecido na lei desenvolvendo inúmeras atividades de pesquisa, preservação e educação, além de diversos projetos de integração com a comunidade e com escolas. O grupo de pesquisa interdisciplinar "Museu-casa: memória, espaço e representações", criado em 2008, é voltado para o estudo do conjunto arquitetônico, tendo como referência os campos da museologia, artes decorativas, arquitetura, urbanismo e arqueologia, na perspectiva de sua preservação integrada, cujos resultados são editados em coleção específica. 

A trajetória institucional inclui, ainda, a criação do Arquivo-Museu de Literatura Brasileira, em 1972, que preserva documentos literários, iconografia, correspondência e originais de escritores brasileiros.

ACERVO MUSEOLÓGICO:

É composto pela Coleção Rui Barbosa, que reúne objetos que pertenceram a ele e sua esposa (mobiliário do jardim, pinturas e luminárias); pela Coleção Família de Rui composta por objetos do pai de Rui, filhos e netos (são móveis e peças de uso pessoal); pela Coleção Objetos Relacionados a Rui que são objetos homenageando o patrono; pela Coleção Reconstituição de Ambientes, objetos adquiridos posteriormente, semelhantes aos originais da família (alfaias, peças de mobiliário) e pela Coleção Objetos Diversos que agrega objetos de interesse para o Museu. Destaque para as quatro viaturas importadas expostas na garagem da Casa de Rui Barbosa, que pertenceram a ele e sua esposa. Retrata a forma de habitar entre os anos de 1893 e 1925.

ACERVO ARQUIVÍSTICO:

É compreendido por quatro grandes arquivos. O Arquivo Institucional é composto pela história da Fundação, desde sua criação, com variado e crescente conjunto de documentos: fotografias, desenhos arquitetônicos, cartazes, fitas de áudio e áudiovisual, filmes, negativos, DVD e CD. É organizado em cinco áreas: Administração Geral, Difusão Cultural, Atividades Didáticas, Pesquisas e Estudos, Documentação e Informação, cuja consulta pode ser realizada pela base de dados Arquivo da Fundação Casa de Rui Barbosa, no site da instituição.

Arquivo Rui Barbosa conta com cerca de 60 mil documentos que envolveram a vida pública de Rui Barbosa, entre os anos de 1849 a 1923.

Os Arquivos Históricos são compostos por arquivos e coleções familiares e pessoais de personalidades da História do Brasil, inclusive inventário dos bens da família imperial. Os documentos estão disponíveis ao público na sede da Fundação, mediante agendamento.

Os Arquivos Literários compreendem o acervo do Arquivo-Museu de Literatura Brasileira (AMLB), cuja criação foi inspirada em um desejo de Carlos Drummond de Andrade, que sonhava com "um museu de literatura que reunisse não só papéis, mas também objetos relacionados à criação e a vida dos escritores brasileiros". É composto pelos manuscritos desses escritores, com o objetivo de preservar a memória literária do país. Conta com cerca de 130 arquivos privados de escritores brasileiros, além de uma coleção de documentos avulsos, coletados esparsamente desde sua criação, em 1972. Pesquisadores podem ter acesso a esse acervo mediante agendamento.

ACERVO BIBLIOGRÁFICO:

Biblioteca de Rui Barbosa, localizada no prédio principal, reúne os 23 mil títulos, em 37 mil volumes, colecionados por Rui Barbosa e adquiridos pelo governo brasileiro, em 1924. É composto por legislações de todos os países e suas constituições, códigos e leis assim como grande variedade de revistas, enciclopédias e leitura especializada, principalmente na área do Direito e Política. Conta, também, com obras raras dos séculos XV a XVII.

Biblioteca São Clemente, constituída a partir de 1937, encontra-se no prédio anexo e é especializada nas áreas de Direito Constitucional, História do Brasil (principalmente Primeira República), Filologia, Literatura de Cordel e Literatura Brasileira, assim como obras de e sobre Rui Barbosa. É composta por coleções, em destaque a de Plínio Doyle, com cerca de 25 mil livros e 1.7888 títulos de periódicos e a coleção  de Cordel, com 9 mil folhetos, dentre eles raros da coleção de Leandro Gomes de Barros, o patrono da literatura de cordel.

Biblioteca Maria Mazzetti é especializada em literatura infanto- juvenil.

Todo acervo bibliográfico está digitalizado,  disponível para consulta no próprio museu e parte dele pode ser consultado pelo site do museu. No caso da Biblioteca Rui Barbosa, como se encontra no prédio principal, é necessário fazer a reserva antecipada do livro desejado, que será disponibilizado para consulta no prédio anexo.

FUNDAÇÃO CASA DE RUI BARBOSA - FCRB
Site oficial

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS - Rui Barbosa
Biografia e textos selecionados

RUI BARBOSA - Notícias de jornais
Notícias de jornais cariocas sobre a morte de Rui Barbosa

CRUZ, Domingo Gonzalez e AL. Assombração na Casa de Rui Barbosa. Rio de Janeiro: Editora Fundação Casa de Rui Barbosa, 2004.

LACOMBE, Américo Jacobina. À Sombra de Rui Barbosa. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1984.

REIS, Cláudia Barbosa. Álbum de objetos decorativos. Rio de Janeiro: Editora Fundação Casa de Rui Barbosa, 1997.

________. Indumentária. Rio de Janeiro: Editora Fundação Casa de Rui Barbosa, 1999.

Imagens e vídeo

Fotos: Museus do Rio

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Última modificação em Quarta, 09 Junho 2021 01:13